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Em destaque no SAPO Blogs
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Sábado, 31 de Julho de 2004
São folhas ou são aves?...
Wine collor leaves_foto de Ricardo Monteiro.jpg</p>

São folhas, mas... que culpa tenho, se os meus olhos também vêem pequenas aves que resolveram juntar-se no debicar de um ramo?...
E não são umas aves quaisquer ou que se apresentem de qualquer modo. Não! Fizeram questão de ter algum cuidado na vestimenta. Vêm de capa e capuz...

A Natureza é rica, prodigiosa e generosa - dá-nos o que tem e ainda nos permite outras visões.

E, agora, são aves ou são folhas?...


(imagem: “Wine collor leaves” - foto de Ricardo Monteiro – Álbum da natureza)

publicado por DespenteadaMental às 23:36
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Sexta-feira, 30 de Julho de 2004
Até amanhã
Sesimbra_Praia do Ouro ao entardecer.jpg


Parte oeste da praia de Sesimbra, um dos pontos onde a terra e o mar se
encontram, se aceitam e estabelecem os seus mútuos e variáveis limites.
Onde a serra começa a firmar e a afirmar a sua presença e onde, ao fim
do dia, dando as costas ao sol o convida a dizer-nos adeus, até amanhã.</p>

Era Setembro e o outono começava a ensaiar, mais uma vez, os primeiros passos.


(imagem: um momento que vi e guardei)

publicado por DespenteadaMental às 20:51
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Quinta-feira, 29 de Julho de 2004
Folhas de chá
a chavena de cha.jpg</p>


Adoro o chá da tarde, quando o dia
se enfeita de cores quentes, de magia
e com ele me arrasta na ilusão
de ver cavalos marinhos e sereias,
evoluindo em suaves melopeias,
nas ondas inferiores da infusão.
E quando o sol se vai e, num lampejo,
lança o último adeus, o último beijo,
breve, porque amanhã aqui estará,
não entristeço, porque tenho a certeza
de que esta hora de lúdica beleza
vai repetir-se noutras folhas de chá.


(imagem:“A chávena de chᔠ- Columbano Bordalo Pinheiro -www.mcb.pt/columbano)

publicado por DespenteadaMental às 22:16
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Quarta-feira, 28 de Julho de 2004
Além da incúria e da impunidade, a “cegueira”...
20040728_fotos PUBLICO.jpg</p>

“O novo ministro da Agricultura, Pescas e Florestas, Carlos da Costa Neves, elogiou hoje a política de prevenção e vigilância de incêndios do seu antecessor, que promoveu um "esforço notório".”


“Sete incêndios florestais estavam activos às 19h20 em oito distritos um pouco por todo o país, envolvendo mais de 800 bombeiros no combate às chamas, anunciou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC).”


“Centenas de peixes mortos estão a ser hoje retirados do rio Alviela, na sequência de despejos de químicos pelas empresas de curtumes de Alcanena, revelou hoje o presidente da Junta de Vaqueiros.”


(excertos de notícias de hoje, 28/Julho/2004, no jornal PÚBLICO)
(imagens: de Vasco Celio-Lusa e Lusa-PUBLICO, respectivamente, publicadas no mesmo jornal)

publicado por DespenteadaMental às 21:22
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Terça-feira, 27 de Julho de 2004
Luto solar
Desfilara, bela e amável, a manhã,
com uma blusa-tulipa branca, tão sedosa,
uma saia-buganvília cor-de-rosa
e até se perfumara de maçã.
Ao meio-dia,
como sempre fazia,
o sol convidou-a para dançar.
Sabia que a sua manhã serena,
dançando, se faria tarde amena,
daquelas que parecem não findar.
Mas findou...
Uma faúlha de ódio ou de desleixo
fez deste par de dança o centro, o eixo
de uma roda de fogo que girou,
abrindo-se numa miríade de centelhas.
A saia-buganvília cor-de-rosa,
e a blusa-tulipa branca, tão sedosa,
morreram juntas, em fogo e cor – vermelhas.
Dizem que o sol, cego de fumo, escureceu.
Vestiu-se de luto! – digo eu.
publicado por DespenteadaMental às 21:59
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Segunda-feira, 26 de Julho de 2004
Arde o meu País
Mafra Portugal.jpg</p>


Arde o meu País
e a minha alma arde
de dor,
de fúria,
de impotência,
porque se acha sempre cedo, quando já é tarde,
seja para o que for,
que não seja a posterior lamúria
ou a pretensão de inocência.
Arde, também, a minha alma,
vendo a fogueira dantesca,
de chamas brutas, incultas,
tanto quanto a própria besta
que, agora, as sopra com palavras vãs... estultas.

(imagem: "incêndio em floresta de Mafra" – ampliação a partir de foto da Reuters)

publicado por DespenteadaMental às 21:37
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Domingo, 25 de Julho de 2004
Hospital... Ó Pietà...
Nesta “arena”, a vida e a morte desafiam-se.
Nós, na simples passagem de uma a outra,
ora somos o centro da disputa,
ora apoio de quem, em si, contém tal luta. </p>

Além, sob as árvores,
em busca de abrigo e de amparo,
negros – mulheres e homens – estão juntos.
Juntam ou dividem a dor?
Elas choram e cantam, dolentemente, compassadamente.
Eles, convulsos, limpam os olhos que teimam na denúncia da fragilidade.
Olho o ritual e deduzo que choram e cantam por um ente seu que morreu.

O largo é uma fogueira gigante ateada por um sol abrasador.
Passa uma brisa que nem as árvores percebem.
Ou apenas ficaram quietas por respeito a tanta dor?...

E as mulheres choram e cantam, alternadamente
- uma chora-canta e outra, em resposta, canta-chora...

Talvez a brisa, que não mexeu as árvores,
leve na sua carreira este choro-canto, este canto-choro,
até longe, até lá de onde vieram
fugindo à fome, à guerra
ou pela vontade de replantar as suas raízes
- as que foram arrancadas da terra,
da África em que nasceram,
e largadas onde ainda não venceram.

Talvez a brisa faça, por decoro,
o que a vida não fez
- levar de regresso a África,
não o corpo, mas o canto,
o choro,
por alguém que, um dia,
de lá saiu, em pranto,
mas acreditando que lá voltaria,
por inteiro e de vez.

publicado por DespenteadaMental às 13:26
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Sábado, 24 de Julho de 2004
Sorrindo...
Jeune fille devant un mirroir_Picasso.jpg

</p>


Bem cedo, dizem-me como devo ser,
o que, como e quando devo fazer,
por objectivos que nem sabem se aceito.
Esquecem que posso ter outras vontades,
tentam impor-me velhas realidades
e amarram o meu sonho a um preconceito.
Depois, se, submissa, respeito o “figurino”,
que dizem ser a matriz do meu destino,
cavando em mim o abismo entre dois seres
- entre o que sou e sinto, mas omito,
e o que exigem que seja e, em vão, imito -,
dizem que não tenho ideias nem quereres.
Mas, se, inconformada, ignoro os rituais
e sigo só os meus impulsos naturais,
logo clamam contra a minha rebeldia
- que sou obstinada e irreverente,
difícil e, até, inconveniente,
pois ser assim é demais, é ousadia!
Sorrindo entre as teias desta contradição
assente, desde sempre, em subtil opressão,
vou resistindo, sem a tentação, sequer,
da vã procura do caminho mais fácil
que tanto conviria a este ser tão frágil,
que teimam em dizer que sou, por ser mulher.



(imagem: “Jeune fille devant un mirroir”–Picasso-http://www.tamu.edu/mocl/picasso/)

publicado por DespenteadaMental às 13:08
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Sexta-feira, 23 de Julho de 2004
Adeus, Carlos Paredes!
Carlos Paredes.jpg


Morreu Carlos Paredes.
Morremos todos, um pouco.
Viva, para sempre, fica a visão de um homem que abraçava a guitarra, como mãe que abraça um filho, e com ela vibrava e respirava...
Ouvir os seus discos é ficar sem saber qual dos dois corpos vibra, qual dos dois corpos respira.


(imagem: foto do jornal "PÚBLICO" - http://www.publico.pt/)</p>


Para quem quiser usufruir da arte do Mestre Paredes:
1º. Entrar em http://www.cotonete.iol.pt/ouvir/destaques.asp?id=105

aparece Carlos Paredes em "Destaques"...

2º. No canto inferior direito, clique em "ouvir"... abre-se uma janela pop-up... escreva o nome do artista na área de pesquisa e clique adiante, na setinha ">"... qdo o locutor terminar a "falação", ouvir-se-á Carlos Paredes - CD "Espelho de sons".

Boa audição!!!

publicado por DespenteadaMental às 10:24
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Stop!...
Reflex_foto de Ricardo Monteiro.jpg



Nos dias calmos, em que tudo em redor
se harmonizava como num hino à vida,
em que uma abelha pousava numa flor
que, antes, se abrira, por saber-se escolhida...
Nos dias calmos, em que a vida corria
como um regato a desenhar o seu destino,
banhando um seixo que, por pouco, não via
- fosse mais lesta a mão daquele menino...
Nos dias calmos, em que a água empoçada
era espelho fiel de um céu sem fim
e em que os insectos, em nuvem adensada
e ébrios de sol, se abeiravam de mim...
Nos dias calmos, em que, já saturada,
me entediava com tanta calmaria,
eu não sonhava, sequer, que a caminhada,
que era tão lenta, em pressa acabaria...</p>

Stop!...

Nos dias vãos de vida que hoje enfrento,
se não me acautelar e defender,
não viverei – serei vivida pelo tempo,
num asséptico padrão pronto-a-viver.


(imagem: “Reflex” – foto de Ricardo Monteiro – Álbum da natureza)

publicado por DespenteadaMental às 00:02
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