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Segunda-feira, 31 de Janeiro de 2005
Sinais
Slave Market_Jean-Leon Gerome_Artcyclopedia.jpg

Soube, hoje, enquanto bebia um café, que, aqui, perto de mim, as “praças de jorna” recomeçam a fazer parte do circuito de acesso ao trabalho.
Por enquanto, para africanos e imigrantes de Leste.

Tanto quanto me disseram, as tais “praças” destinam-se a angariar mão-de-obra para trabalhar ao fim-de-semana.
É a precaridade total, no vínculo e na durabilidade.

Quanto ao respeito pela dignidade dos que, por razões várias, se sujeitam a este “mercado”, dá para fazer uma ideia.



(imagem: “Slave Market - Jean-Léon Gérôme - www.wetcanvas.com)











publicado por DespenteadaMental às 21:54
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Domingo, 30 de Janeiro de 2005
Em queda livre... (act.)
20050130_santanaoutdoor-int.jpg

Que pobreza!... Como irá acabar?...

Eu leio e nem quero acreditar, mas, vencendo a minha resistência, deparo-me, mais adiante, com a confirmação daquela realidade.

O sujeito acaba de usar a sua oca e única ‘mais-valia’, que, por única, mais valia que a não tivesse e que, por oca, deixa qualquer cidadã(o) à beira de condoer-se com tão triste figura.

Escrevi ‘qualquer cidadã(o)’, mas não é correcto, porque o próprio não só não se lamenta como agita a fraca bandeira, com o gáudio natural em qualquer pobre de espírito.

Não é apenas triste que ele valha tão pouco.
O mais triste de tudo é que ele faça disso, alegremente, o seu cartão de visita.

Eu ainda conseguiria entender, se ele estivesse a candidatar-se a uma coisa que eu não digo, mas, numa candidatura ao cargo de 1º ministro...

É, simplesmente, vergonhoso!
Como irá acabar esta criatura?... Talvez em algo não mais do que isto!


Actualização:

Não há como calar a indignação.



(imagem: montagem sobre foto de 'outdoor' de PSL)























publicado por DespenteadaMental às 14:46
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Sábado, 29 de Janeiro de 2005
Com boa vontade e algum sentido de humor...
A select committee_Henry Stacey Marks_Art com.jpg

Há pessoas que, quando não têm nada para dizer, se calam, mas, para compensar e evitar que o silêncio nos entedie, há outras que papagueiam coisas sem nexo, tais como:

“... Eu acho que o dr. Paulo Portas, pelo perfil que tem, pela sua cultura, pelo mundo que conhece, podia ser o nosso [André] Malraux. Tive sempre esse sonho. Penso que Portugal precisa de alguém que seja em Portugal o que Malraux foi em França. Creio que isso podia mudar muito o país. ...” *

Bom... sem nexo, à primeira vista, porque se considerarmos que essa característica faz parte da ‘condição humana’, então, embora por caminhos ínvios, sempre se encontra alguma ligação. Forçada, mas encontra-se...


* excerto de entrevista concedida ao DN, por Luís Nobre Guedes

(imagem: “A select committee” - Henry Stacey Marks - www.art.com)









publicado por DespenteadaMental às 22:18
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Sexta-feira, 28 de Janeiro de 2005
O homem "passou-se"?!...
santana_manchete2_diariodigital_20050128.jpg

Se pensarmos que o homem, no que respeita a coerência, é um catavento e que já trabalhou numa empresa de sondagens, talvez percebamos a razão para tal dislate. É que pode ter sido a memória dos processos, então usados, a induzir-lhe esta reacção.

Entretanto, é bom que nos precatemos, porque, por este andar, se o homem perde as eleições, no dia seguinte o país inteiro leva com um processo em cima.
Este homem se não existisse tinha de ser inventado!!!



(imagem: foto no diáriodigital)







publicado por DespenteadaMental às 16:29
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Quinta-feira, 27 de Janeiro de 2005
Menos 1, mas valia por muitos! (act.)
"ESTE BLOGUE... ...termina aqui."

Actualização:
- Afinal, parece que ainda há lugar para a esperança! Vejam...
publicado por DespenteadaMental às 16:28
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Memória devida, mas inconsequente!
Como foi possível?...
Auschwitz.jpg
Auschwitz


Primeiro levaram os comunistas,
mas Eu não me importei
porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
mas a MIM não me afectou
porque não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
mas EU não me incomodei,
porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez
de alguns padres, mas como
EU não sou religioso, também não liguei.

Agora, levaram-me a MIM
e, quando percebi,
já era tarde.

(poema de Brecht)


Como continua a ser possível?...
Darfur.jpg
Darfur


Abrimos a memória como um álbum.
Fechamos o coração em cofre de aço.
Baixamos os braços - ramos secos.
Pousamos as mãos - aves sem asas.



Imagens:
Auschwitz - www.holocaustsurvivors.org
Darfur - www.linkswende.org








































publicado por DespenteadaMental às 16:27
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Quarta-feira, 26 de Janeiro de 2005
"Ninguém me ama, ninguém me quer..."
Landsape of Paradise_Jan Bruegel the Elder_Artcyclopedia.jpg

Não se sabe ainda como, mas um destes retratos apareceu no Jardim Zoológico.
Reunida a bicharada, o Leão resolveu indagar qual dos animais quereria afixá-lo no
seu espaço.


Disse a Hiena:
Na minha jaula não quero.
Já tenho com que me rir
e, além disso, não tolero
quem passa a vida a fugir.

Disse a Zebra:
Eu adoro um belo risco,
desde que bem calculado,
mas, pelo que tenho visto,
acho esse muito arriscado.

Disse a Preguiça:
Eu não quero ser malcriada,
nem, sequer, deselegante,
mas sinto que é uma maçada
e não é nada interessante!...

Disse a Avestruz:
Comigo?!... Tenham paciência!...
Nem vos passe p’la ideia...
Não suporto a concorrência
de mais cabeças na areia.

Disse o Cágado:
Ainda vai ficar comigo,
a ver p’las vossas respostas...
Lá vou eu servir de abrigo
contra facadas nas costas.

Disse o Noé, que ia a passar:
Vejam lá se se resolvem...
Mando, ou não, vir o barqueiro?...
É que, a meter água, o homem
faz do Dilúvio um ribeiro.

Diz o Sapo:
Alto lá!... Deixa eu pensar.
Se até dá p’ra andar de barco,
também dará, se o levar,
p’ra me abastecer o charco.

Diz o Leão:
Até que, enfim!... O batráquio
libertou-nos deste engulho.
Por prémio, leva um terráqueo
que é um “expert” em mergulho.

Retorna o Sapo:
Meu Rei, minha Majestade,
se me falais do Sarmento,
permiti-me a liberdade,
mas acho que isso é escarmento.

Insiste o Leão:
Ó batráquio, já pensaste
como os charcos estão imundos?...
E já viste que ganhaste
um excelente limpa-fundos?

Indaga o Sapo:
Desculpai-me, Majestade,
mas de que fundos falais?!...
É que há duplicidade,
em termos conceptuais.

Enfada-se o Leão:
Batráquio, pelo teu génio
atrevido e zombeteiro,
em vez de um só, como prémio,
levas o governo inteiro.

Revolta-se o Sapo:
Pois, então, sempre lhe digo,
por muito que isto me custe,
o que me dá é castigo!
Direi mais - é um embuste!

Exalta-se o Leão:
Já vi que lês os jornais
e vês muita televisão.
Bem me dizia o Morais:
- Contgola a infogmação!

Murmura o Bisonte:
“Libra”!...onde isto já “bai”!
O Reizinho, quando “emvala”
e a majestade lhe cai,
escoceia que nem “cavala”!

Pondera e decide o Leão:
Vejo que tinha razão,
tardiamente, mas vi,
e para início de acção
proíbo o retrato, aqui.



(imagem: “Landscape of Paradise"-Jan Bruegel the Elder-www.artcyclopedia.com)





publicado por DespenteadaMental às 23:46
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Terça-feira, 25 de Janeiro de 2005
Fui vítima de mais uma injustiça!...
PSL_jornal Publico.jpg

Quando eu era pequenino
de corpo, porque, de mente,
este “guerreiro menino”
não está lá muito diferente...
Mas, tal como vos dizia,
quando eu era pequenino,
se não tinha o que queria,
eu, o “guerreiro menino”,
fazia queixas à mãe
e não me ralava nada
que algum outro, com desdém,
dissesse, à boca calada,
que eu era um grande poltrão.
Hoje, que já sou crescido,
mas fiel ao que era, então,
sou um “guerreiro” encolhido
sob asa que julgue forte
e consiga o que me falha,
mas, com a minha má sorte,
peço ajuda a quem me ralha.
Diz ele que a pré-campanha
não passa de mediática,
quando eu vendo tanta banha
da cobra, mas programática.
Até falei do Ensino
e dos jogos no recreio
p’ra insinuar que um menino
se não brinca é por receio.
E, no meu jeito didáctico,
lembrei que essas criancinhas
levavam com o simpático
apupo de mariquinhas.
Claro, não precisei
de falar tão claramente,
porque, ao dizê-lo, falei
p’ra gente intelijumente.
Com estas intervenções
de fundo (de fossa séptica)
quaisquer interpretações
contrárias, são falta de ética.
Mais um embuste me apouca,
mas eu tenho as costas largas
e ainda mais larga a boca,
para dizer coisas tão parvas.
E se eu gosto de as dizer,
também há quem me aplauda,
p’lo que fico sem saber
se é das calças, se é... da cauda.



(imagem: copiada do jornal PÚBLICO)




















































publicado por DespenteadaMental às 23:47
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O que é que foi?!...
PSL_Competencia_Portugal Diario.jpg

Não estejam a olhar, com esse ar incrédulo, para mim e o para dístico, porque, “dístico”, eu não sei nada! E “daquílico” também não!
Ficam já avisados!...


(imagem: copiada do Portugal Diário)




publicado por DespenteadaMental às 22:31
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Segunda-feira, 24 de Janeiro de 2005
Auto do espelho pensante

Espelho meu.jpg


1º Ministro:
Espelho meu, espelho meu,
há alguém incapaz como eu?

 

Espelho:
Sei que vou deixá-lo triste,
mas a verdade é que existe.

 

1º Ministro:
Diz-me, já, espelho horroroso,
onde está esse invejoso?

 

Espelho:
Custa-me, até, dizer-lhe isto,
mas está em Primeiro-Ministro.

 

1º Ministro:
Grande coisa! Também estou,
sem saber como... Calhou!...

 

Espelho:
Mas, segundo toda a gente,
ele é muito incompetente.

 

1º Ministro:
Será que têm razão?...
Será que achas que não?...

 

Espelho:
Pelo que ouço dizer,
já me deixei convencer...

 

1º Ministro:
E o que é que ouves dizer?...
Será que posso saber?...

 

Espelho:
Dizem, não sei se é verdade,
que nega a realidade...

 

1º Ministro:
Intrigas da oposição,
que lhe inveja essa aptidão.

 

Espelho:
Mas se até o Presidente
o achou incompetente...

 

1º Ministro:
Esse é um tri-negador.
Adiante, por favor.

 

Espelho:
Mas ele ficou danado
e diz que foi maltratado...

 

1º Ministro:
Nem me custa a acreditar.
Sei p’lo que estou a passar.

 

Espelho:
Acho que, logo à nascença,
sofreu muita malquerença...

 

1º Ministro:
Outra alma sofredora
do mal da incubadora...

 

Espelho:
Mas como é que adivinhou?!...
Foi mesmo o que se passou!

 

1º Ministro:
Estou a ver... Não tarda nada,
vem a primeira facada.

 

Espelho:
E não é que veio, mesmo?
Levou facadas a esmo.

 

1º Ministro:
Para ter o enredo inteiro,
já só falta o embusteiro.

 

Espelho:
É verdade, veja bem,
sofreu um embuste, também.

 

1º Ministro:
Só falta dizeres-me, agora,
que não se quer ir embora...

 

Espelho:
Não quer, não, e já labuta
p’la maioria absoluta.

 

1º Ministro:
Diz-me lá, achas que o povo
vai elegê-lo, de novo?

 

Espelho:
Eu bem desejo que não,
mas temo a reeleição.

 

1º Ministro:
Ah!... Acaso, já viste bem
sobre quem me falas? Heim?!...

 

Espelho:
P’la semelhança de génio,
será de um seu irmão gémeo?!...

 

1º Ministro:
E eu lá tenho alguém igual?!...
Sou único, em Portugal!

 

Espelho:
Então, se bem entendi,
estamos a falar de si.

 

1º Ministro:
Então, se bem entendeste,
por certo, te arrependeste.

 

Espelho:
Reflicto o que ouço dizer,
sobre o que anda a fazer.

 

1º Ministro:
E não podias mentir?...
Só serves para reflectir?...

 

Espelho:
Para, depois, me acusar
de que o estava a esfaquear?...

 

1º Ministro:
Bem falas, mas não me iludes.
Já te conheço as virtudes.

 

Espelho:
Virtudes?!... Não é comigo.
É com o outro seu amigo.

 

1º Ministro:
Quem?... O outro salafrário,
que se diz utilitário?...

 

Espelho:
Sim! O Postigos... Janelas...
Sei lá!... Portas?... Bambinelas?...

 

1º Ministro:
Só por isso te desculpo
- p’las três sugestões de apupo...

 

Espelho:
Então, já não está zangado...
Posso ficar descansado?

 

1º Ministro:
Por dois minutos ou três,
até que eu mude, outra vez.

 

Espelho:
Então, fiquemos assim.
Acho que é melhor p’ra mim.

 

1º Ministro:
Também acho. Então, adeus.
Tenho reunião com os meus.

 

Espelho:
Estou dispensado, por agora?...
Então, adeus, vou-me embora.

 

1º Ministro:
Vai, sim, antes que algum venha
e frente a ti se detenha.

 

Espelho:
E venha determinado
a ser um seu duplicado?...

 

1º Ministro:
Meu duplicado?... Impossível!
Sou único! Irrepetível!

 

Espelho:
Que assim seja, hoje e sempre!
(baixinho)
Para bem de toda a gente!

 

1º Ministro (pousando o espelho):
Obrigado, espelho meu,
por veres tão bem, como eu.

 

Espelho (murmurando entre caixilhos):
Reflicto-o, simplesmente.
Haja, aqui, alguém coerente!



(imagem: montagem sobre “Harlequin and mirror” de Picasso)

publicado por DespenteadaMental às 23:04
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