. A quem me tem acompanhado...
. Cântico azul-marinho e v...
. Ainda falta muito para ac...
. Má sorte
. Vincent da Rocha Dioh - 1...
. Canção de Amigo para ami...
Soltam-se ao brilho e frescor da noite que alicia
à loucura de sentir, na pele, a seda do relvado,
que, surpreendido e cúmplice, se acama, se amacia
no contorno dos corpos, no amor reinventado.
Ao lado, em espera, um generoso vinho e uma só taça,
tão frágil e tão espantada com esta estranha solidão...
Qual dos amantes não bebe?... Ou qual dos amantes passa
o vinho de boca-a-boca ou a taça de mão-em-mão?
O caramanchão, amigo, vigilante e protector,
estendeu os seus braços, qual cúpula celestial,
criando um novo templo e garantindo, em redor,
uma aura de intimidade e de silêncio total.
Veio Baco inebriar, veio Vénus, veio Ares
e, sem disputa de culto, de séquito ou de poder,
abençoaram este enlace de amantes estelares,
que vão fundir seus corpos e, qual Fénix, renascer.
Que este amor possa ser fogo, ser luz, ser água,
possa ser a redenção de todos os desamores
e, sublimando e libertando-os de qualquer mágoa,
faça deles mútuos amantes, mútuos senhores.
(imagem: encontrada na net, sem indicação de autoria)
(som: "Somewhere" - na voz de Matt Monro)