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Terça-feira, 31 de Agosto de 2004
Ritual
Far away_Michael Wood.jpg</p>

Veio a manhã antecipar a hora
da certeza que, em ti, já pressentia,
pelo que a tua boca não dizia,
mas confirmavas em cada demora.

Crescia a solidão, quando, lá fora,
a noite, amiga, ainda se estendia,
em disputa de tempo com o dia,
desfasando-lhe o despontar da aurora.

Por fim, sentiu-se a noite tão vencida
e tão fora do tempo que era seu
que se desfez, cedendo à madrugada,

que chegou, sem saber que era a medida
de um tempo novo, em que serei só eu
a esperá-la... por não esperar mais nada.



(imagem: "Far away" - Michael Wood - http://www.art.com/)

publicado por DespenteadaMental às 18:29
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Segunda-feira, 30 de Agosto de 2004
Saudade
Missing you_Pepa Poch.jpg</p>


Acto de realização da memória e da emoção,
recriação, sempre nova, de um ‘filme’ individual,
sentimento ambivalente - antecipado, dói, mas, vivido, conforta,
eco de recordações boas, que teimam em não calar-se,
sonho recorrente do que foi realidade...

Foi!... Mas só porque foi e tanto foi é que é saudade.

(imagem: “Missing you” - Pepa Poch - http://www.art.com/)

publicado por DespenteadaMental às 17:54
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Domingo, 29 de Agosto de 2004
Adeus!
Time to say goodbye_Alfred Gockel.jpg


Suspende-se a expressão, o riso, a vida,
sempre que alguém sugere esta palavra.
Nem sei dizer quanto de mim eu dava,
para que não fosse dita nem ouvida.</p>

De tanto uso, ainda não está puída.
Quando se solta, ainda marca e lavra
sulcos profundos, onde lança e crava
a mágoa de mais uma despedida.

Não me digam que guarde os bons momentos.
Guardados estão e estavam. São raízes
do muito que ainda havia por florir.

Não quero pôr um ‘stop’ nos sentimentos.
Se têm que ir, vão. Sejam felizes!
Faço o que posso, que é deixá-los ir.



(imagem: “Time to say goodbye” - Alfred Gockel - http://www.art.com/)

publicado por DespenteadaMental às 19:24
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Sábado, 28 de Agosto de 2004
Das aves...
Cranes over Moon_Keiichi Nishimura.jpg


Das aves, eu queria ter a leveza.
Não por rigores de beleza.
Por ânsia de liberdade
e pela facilidade
de poder alçar-me ao ar
e, de lá, poder olhar
o mundo de outra maneira.
Talvez que esta cegueira
de ver tão-só rés ao chão,
perante a imensidão,
se quebrasse, se alargasse
e eu nunca mais precisasse
de a mim própria confirmar
que, para se analisar
aquilo que nos rodeia,
é sempre uma boa ideia
ganhar alguma distância
e, assim, fugir à instância
do momento, da surpresa,
da dúvida ou da certeza,
que, sós ou em confluência,
exercem sua influência.
Lá do alto tudo é paisagem,
não há detalhe de imagem,
não há árvore – há floresta.
E, vendo assim, só nos resta
tomar a visão geral
como factor principal,
sem detalhes,
sem tibieza.
É por isso que, das aves,
eu queria ter a leveza.</p>


(imagem:” Cranes over Moon” - Keiichi Nishimura - http://www.art.com/)

publicado por DespenteadaMental às 22:39
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Sexta-feira, 27 de Agosto de 2004
Dádiva constante
Perfectly balanced_Alfred Gockel.jpg


“Nunca me dês menos do que já me deste” *
nem aceites menos do que já te dei.
Se de mais serei capaz, isso não sei,
mas foi para descobrir-me que vieste.</p>

Que seja o doar mútuo o nosso teste
- tudo aquilo em que te deres eu me darei.
Se puseres um ‘sim’ onde eu um ‘não’ deixei,
que a vontade de um ‘talvez’ ainda nos reste.

Que sejas espelho de que eu seja o reflexo,
eu, a solução do que te for complexo,
e ambos sejamos onda do mesmo mar.

E que, irmanados na doação comum,
mantendo-nos dois seres, sejamos um,
onde cada um encontre o que buscar.


* - a partir do romance “História do Cerco de Lisboa” de José Saramago



(imagem: “Perfectly balanced” - Alfred Gockel - http://www.art.com/)

publicado por DespenteadaMental às 17:47
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Quinta-feira, 26 de Agosto de 2004
“Starry night”
Starry Night_Vincent Van Gogh.jpg</p>


Tenho uma estrela no céu azul,
qual borboleta de asas de tule,
que nada aquieta nem esmaece,
desde o instante em que aparece
até que nasce a estrela maior,
que, com o seu brilho, leva a melhor
sobre a estrelinha que é minha guia.
Mas, pontualmente, ao fim do dia
ela traça no céu um fio de luz
que a liga à estrela que a ti conduz.
Então, passeamos de mão dada
na via estelar, na noite estrelada.



(imagem: “Starry Night” - Vincent Van Gogh - http://www.art.com/)

publicado por DespenteadaMental às 00:07
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Terça-feira, 24 de Agosto de 2004
Sem artifícios
Endless Love_Alfred Gockel.jpg</p>

Não me cubras com jóias faiscantes
que ofusquem os carinhos que me dás
e ponham brilho naqueles instantes
em que te quero, aqui, e tu não estás.

Serão sinais visíveis, realçantes
da tua ausência, que tanto me faz
lembrar de quando, juntos e amantes,
criamos tempo, se o tempo é fugaz.

Toma-me nua e simples como sou,
cobre-me com teus beijos e abraços,
que são as minhas jóias preferidas.

É o que quero em troca do que dou,
quando, sem jóias – livres de embaraços –,
fundimos, numa só, as nossas vidas.

(imagem: “Endless Love” - Alfred Gockel - http://www.art.com/)

publicado por DespenteadaMental às 23:52
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Segunda-feira, 23 de Agosto de 2004
Decepção por conta própria
Girl at the mirror_Norman Rockwell.jpg</p>


É dor à medida de quem a sente
e só por quem a sente é aferida,
por quem aloja a fera e a ferida
e as carrega como um penitente.

Ou porque a expectativa foi excedente,
ou por uma intenção que foi mal lida,
eis o abismo, eis a veloz descida
do ser entusiasta ao ser descrente.

E, porque é dor que só tem um sentido,
para quem não vê a decepção que causa,
ao impor um patamar predefinido,

é uma dor vivida em solidão,
até que quem a sofre lhe dê pausa
e entenda que é injusta a decepção.


(imagem: “Girl at the mirror” – Normal Rockwell - http://www.art.com/)

publicado por DespenteadaMental às 11:32
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Domingo, 22 de Agosto de 2004
Se o coração falasse...

Heart of fire_Alfred Gockel .jpg


"Músculo, dizem. Rejeito
e quase lhes salto do peito.
Dizer músculo é dizer pouco,
porque amo como um louco,
choro e brigo como um menino
e, por mais que o meu destino
seja bombear o sangue,
quero amar, até que, exangue,
faça as tréguas, peça paz...
Quem, do Amor, campo faz,
para viver livremente,
só vive e fica contente,
ultrapassando o limite,
por mais que o cérebro lhe dite
normas, cuidados, preceitos...
Eu amo, sem preconceitos,
amo p'lo bom que é amar
e, a quem de mim discordar,
peço apenas um favor:
- Não diga, seja a quem for,
que também tem coração,
porque isso é pura ilusão...
O que tem é tão somente
(vou falar-lhe, francamente...)
um músculo dentro do peito,
que, se ao menos for perfeito,
se limita a funcionar
e, em constante pulsar,
faz o que faz um motor...
Mas não diga que é Amor,
nem diga que é coração...
Eu não sou só isso, não...
Ser só isso é ser tão pouco,
e eu vivo e amo, como um louco!!!... "



(imagem: “Heart of fire” - Alfred Gockel - http://www.art.com/)

publicado por DespenteadaMental às 17:41
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Sábado, 21 de Agosto de 2004
Em nome da liberdade de pensamento e expressão
Be Free - Think Free.jpg


Abaixo as regras! - Algemas em decepados,
a quem não sobra, nem resta
dois míseros dedos de testa.
Por isso, são tão regrados. </p>

Abaixo as regras! - Mordaças em seres calados
até perante a ofensa,
como animal que não pensa.
Por isso, são tão regrados.

Abaixo as regras! - Vendas em olhos fechados,
cegos para o que os rodeia,
envoltos na cega teia.
Por isso, são tão regrados.

Abaixo as regras! - Amarras em condenados,
serviçais de corpo e alma,
a quem a chibata acalma.
Por isso, são tão regrados.

Abaixo as regras! - Fúteis, inúteis, estéreis,
curros e guias de débeis
que nunca ousarão ir além.

Abaixo as regras! Pois castram a nossa essência
e, numa afronta à decência,
reduzem-nos a ninguém.

Abaixo o segue-à-regra!
Abaixo a cegarrega!
Abaixo as regras!


(imagem: “Be Free, Think Free” – s/ autoria - http://www.art.com/)

publicado por DespenteadaMental às 17:00
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