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Segunda-feira, 28 de Fevereiro de 2005
Sensações
The lover s world_Eleanor Fortescue-Brickdale_Art com.jpg

Gosto de sentir o vento
como um mar de ondas mansas,
que vem, suavemente,
beijar os meus cabelos
e, com dedos leves,
desprendê-los...
E de senti-los, depois, quais dois amantes,
envolverem-se em voos ondulantes.



(imagem: “The lover's world”-Eleanor Fortescue-Brickdale–www.art.com)

publicado por DespenteadaMental às 23:09
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Domingo, 27 de Fevereiro de 2005
De moto próprio
Noite escura_Vincent Dioh.jpg

Fecho-me por dentro e escondo as chaves,
no amontoado de vontades
que um dia cumprirei, mas não agora.
Melhor seria deitar as chaves fora,
tornar mais firme o aprisionamento
longe da luz e de qualquer alento,
que me convide a um regresso, em breve,
sabendo que a prisão ainda é mais leve
do que o peso de enfrentar a liberdade,
de asas cortadas e algemas na vontade.


(imagem: ”Noite escura” - Vincent Dioh)












publicado por DespenteadaMental às 22:04
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Sábado, 26 de Fevereiro de 2005
Percursos
Brook_Art com.jpg

Gosto de acolher novas ideias,
que sugiram pontes de mudança
e vençam margens que a inércia cimentou.
De deixá-las livres como a água,
que procura o ponto da nascente
e vai definindo o seu caminho,
entre a placidez de ervas macias
e a firmeza de pedras inamovíveis.
Numas e noutras se filtra,
deixa resíduos e segue,
em busca da limpidez.



(imagem: “Brook” – www.art.com)

publicado por DespenteadaMental às 23:14
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Sexta-feira, 25 de Fevereiro de 2005
No bosque em que me busco...
The forest_Rene Magritte.jpg

Vou de pensamento em pensamento,
como se voasse de árvore em árvore,
cujos ramos, ao irromper do tronco,
sugerem novos caminhos,
até que o último rebento
indique o fim da viagem.
Então, retorno ao tronco, volto a mim.
Nas mãos há folhas novas.
No chão, velhas ideias vencidas pela aragem.



(imagem: “The forest” - René Magritte - cgfa.sunsite.dk)
publicado por DespenteadaMental às 17:40
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Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2005
Pausa
Sweet rest_Pino_Art com.jpg

Que o mundo gire nos eixos mais diversos,
que as palavras se escondam noutros versos,
enquanto o sono me envolve e contagia
com a ilusão de não ser, até ser dia.



(imagem: “Sweet rest” – Pino - www.art.com)
publicado por DespenteadaMental às 21:33
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Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2005
'tadinho do crocodilo!
Hipopotamo_Ceramica Pagnutti.jpg

Há uma piada de que me lembro sempre, quando vejo um ‘roto’ referir ou questionar um ‘nu’.

Diz a piada que, um dia, na floresta, alguém lançou o boato de que todos os animais que tivessem a boca grande seriam abatidos.
Lesto e louco, o macaco partiu, de imediato, para a sua campanha de “comunicação social”.
De ramo em ramo, ia gritando:
- Quem tiver a boca grande será abatido!... Quem tiver a boca grande será abatido!...
Ouvindo tal aviso, o hipopótamo fechou a boca e, como quem faz biquinho, comentou com os animais que o rodeavam:
- ’tadinho do crocodilo!

Assim parece o Luís Delgado – quanto mais fala, pior. E, tentando fazer-nos pensar que defende o “Pedro”, apenas tenta justificar os delírios que foi debitando.

Vejam só:
“... Pedro, digam o que disserem dele, e dos quatro meses que governou Portugal, fez o melhor que sabia e podia...”

Depois do que “vimos, ouvimos e lemos”, é difícil imaginar o que poderia ter acontecido, se o “Pedro”, em vez de ter feito “o melhor que podia e sabia”, nos tivesse contemplado com o seu apenas “bom”, “menos bom” ou “medíocre”.
Confesso que fica para além da minha imaginação.
O que já não ultrapassa a minha capacidade imaginativa é a colecção de disparates que este escriba já deve ter arrecadada. Com pérolas deste tipo – “... dos quatro meses que governou Portugal...” - não há vara de porcos que lhes dê vazão.
E escreve o sô Luís para um jornal!... Ao que isto chegou...

Voltemos ao guarda-jóias do escriba.

“... Pedro Santana Lopes, como PM, fez o seu melhor, e como qualquer outro PM, em apenas quatro meses, também cometeu erros, lapsos ou atrapalhações. ...”

Sô Luís, dê um nome, um nominho só, de um outro primeiro-ministro que, com o mesmo rácio, “em apenas quatro meses, também cometeu erros, lapsos ou atrapalhações”.
Como sou condescendente, até alargo o período de comparação. Vá lá, o nome de um outro primeiro-ministro que, em 4 anos, tenha feito as asneiras que este fez. Dou-lhe o resto do seu tempo de vida para responder. Fique à vontade e não se envergonhe com a mudez. Aliás, saiba que até lha agradeço.

“... Santana limitou-se a apanhar os "cacos", e tentar virar, sem nunca esperar que lhe cortassem as pernas...”

Desculpe-me mais esta discordância de avaliação, mas o que o “Pedro” fez foi apanhar os “cacos” e atirá-los em todas as direcções, provocando uma imensa cacaria, que, só porque a louça é boa, não se desfez em pó, mas lá chegaríamos, se lhe tivéssemos dado tempo. Envergonharia qualquer elefante em loja de porcelanas.
Quer-me parecer que o sô Luís deve andar a comer em gamela de madeira. Há-de ser por isso que não se sentiu prejudicado.

“... Eu sei que Pedro Santana Lopes regressará, quando o tempo disser. ...”

Duvido, porque me parece que o tempo anda sem qualquer jeito ou vontade, seja do que for. Já reparou que nem chove?...Vai ver que é o resultado dos "quatro meses que (“Pedro”) governou Portugal”. Serviram de “alfobre” e, agora, veja no que deu a transplantação.

Por fim, sô Luís, deixe-me dizer-lhe que acho linda a solidariedade, mas, para que, além de linda, seja eficaz, convém que as ideias por que ela se expressa sejam ponderadas, para não se dar o caso de ser pior a “ementa” do que o “sonheto”.
É que, perante tanto disparate, dizer que o “Pedro (...) fez o melhor que sabia e podia”, parece comentário de hipopótamo.
A menos que o sô Luís ache, mesmo, que na governação do “Pedro” os erros foram compensados pelos acertos.
Nesse caso, terei de reconhecer que se trata de perfeita identificação, entre o analista e o analisado. Ou seja, entre hipopótamo e crocodilo, a única diferença é o aspecto morfológico. No resto, até gostam, ambos, de meter(-se na) água.


P. S.: Sô Luís, a indicação do tal nome de um outro primeiro-ministro que, em 4 anos, tenha feito as asneiras que este fez pode deixá-la escrita no seu testamento.
Eu sou paciente e não faço questão de ver o riso amarelo com que me responderia de viva voz.



(imagem: “Hipopótamo” - www.ceramicapagnutti.com.ar)














































publicado por DespenteadaMental às 18:32
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Terça-feira, 22 de Fevereiro de 2005
Meu querido "guerreiro menino"...
20050222_PSL_Diario Digital.jpg

“Decisão de Santana já estava tomada desde segunda-feira

A decisão de Pedro Santana Lopes em não se candidatar à liderança do PSD no próximo Congresso do partido já estava tomada desde pelo menos segunda-feira, disse fonte partidária ao Diário Digital.

A mesma fonte confirmou o que foi avançado esta terça-feira pela Lusa: Santana Lopes «tomou sozinho» a decisão de não se recandidatar e vai comunicá-la esta terça-feira ao final da tarde à Comissão Política Nacional do PSD. ...”
(in Diário Digital)


Esta revelação “espantástica” causou as maiores surpresas, das quais destaco a que se segue.


Meu querido "guerreiro menino"...

Servem estas mal traçadas linhas
para dizer-te que eu e as vizinhas
nos alegrámos, ao saber-te tão crescido,
quando lemos que o que fora decicido
nasceu da tua cabecinha de ouro,
que conseguiu pensar sem dar um estouro,
ao parir decisão tão acertada,
embora tão pouco habituada
a imaginar algo que merecesse
o tempo necessário a que nascesse
e, ainda, que durasse mais que um dia.
Se não lesse nos jornais, eu não iria
acreditar que o meu lindo catavento
parara numa ideia, por um momento,
sabendo, como sei, como ele adora
dizer e desdizer, na mesma hora,
o que na véspera até contradissera,
como a pescada, que antes de ser já era
e que, ao cumprir a sua sina louca,
acaba sempre com o rabinho na boca.
Por isso, meu "guerreiro", meu "menino",
ao ver, agora, que tens mais algum tino,
já convidei as vizinhas para um lanche
para festejar, antes que se desmanche,
esta prenda que deste à velha tia,
que sempre acreditou que, algum dia,
havias de crescer, também, por dentro
e deixar de ser, apenas, ornamento
em “festas do croquete” e outras que tais,
em que araras, catatuas e pardais
passam em voos de pura ostentação,
mas andam às migalhas pelo chão.
Deixa o “circo”, meu filho, e vem aqui,
onde sempre tão bem te recebi,
com broa de centeio e sopa forte,
e, ainda que a pensão mal me suporte
este luxo de ver-te alimentado,
podes jantar, sem que te seja cobrado,
o riso amarelento que se vê
em quem ri sem bem saber de quê:
se do “croquete” que abusa da farinha,
se do “champagne” que nem conheceu vinha.
Enquanto te despedes dos amigos
(dos que te dispensam de inimigos),
arranjo o quarto em que ficarás,
pois, mais dia, menos dia, sei que virás.
Termino estas mal traçadas linhas,
mandando um beijinho das vizinhas
e desta tia, que é mais que tua mãe,
desejando, meu filho, que fiques bem.

Da tua saudosa ti’Mari’Espantada


(imagem: PSL – em
DiárioDigital)

































































publicado por DespenteadaMental às 21:34
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Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2005
Vai, cínico, vai! (act.)
20050221_PP_TSF Online.jpg

Vai, cínico, vai!
Segue o caminho oposto e sempre em frente.
Talvez encontres lugar onde seres crente,
sem invadires missas familiares.
E, quando escassearem os lugares,
que não escasseie, em ti, o penitente.</p>

Vai, cínico, vai!
Vai “lixar-te”, tal como ontem disseste,
quando invocaste deus, como teu mestre,
na tua análise tão clarividente,
coarctando qualquer crítica sequente
à mitificação que, então, fizeste.

Vai, cínico, vai!
Enquanto sonhas regressar em ombros,
qual Fénix renascida dos escombros,
escondendo o bico adunco e os esporões
em promessas, (o)missas, genuflexões,
ar de afecto afectado e outros assombros.

Vai, cínico, vai!
Nem por mais um momento te detenhas
e aqui, de onde vais, nunca mais venhas,
nem mesmo que eu te peça de joelhos,
pois será falta de força nos artelhos
que disfarço com estas artimanhas.

Vai, cínico, vai, que já vais tarde
e ainda cá nos deixas o “compadre”.



(imagem: Paulo Portas – foto copiada de TSF Online)


publicado por DespenteadaMental às 21:35
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Domingo, 20 de Fevereiro de 2005
Já dissemos o que queremos...
bandeira.jpg

... Resta esperar que a classe política entenda, claramente, o que foi afirmado e não se esqueça de que temos o direito de exigir a retribuição do sentido de responsabilidade de que demos prova.

Que entenda, também, que o governo da Nação não pode servir como período de tirocínio para aprendizes que mais não visam do que a vaidade e a ambição pessoal ou o colmatar da falta de outra ocupação que lhes garanta meios de sobrevivência.

Se há partidos políticos que aceitam como dirigente máximo um “encadernado” de luxo sem conteúdo, que o guarde muito bem guardado e na estante mais esconsa, pois nem para sebenta deve servir.

Se há partidos políticos que aceitam como dirigente máximo um autoritário hipócrita, que o guarde para si, porque desse tipo de dirigentes já tivemos a nossa conta.

Voltemos, portanto, à liberdade com responsabilidade.

Amanhã será outro dia...













publicado por DespenteadaMental às 20:30
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Sábado, 19 de Fevereiro de 2005
Em tempo de reflexão...
Jose Afonso ao vivo no Coliseu.jpg

... lembrando um dos pontos altos do último espectáculo de José Afonso, no Coliseu dos Recreios, em 29 de Janeiro de 1983.

Vampiros

No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
Vêm em bandos
Com pés de veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada

Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada

A toda a parte
Chegam os vampiros
Poisam nos prédios
Poisam nas calçadas
Trazem no ventre
Despojos antigos
Mas nada os prende
Às vidas acabadas

São os mordomos
Do universo todo
Senhores à força
Mandadores sem lei
Enchem as tulhas
Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei

Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada

No chão do medo
Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos
Na noite abafada
Jazem nos fossos
Vítimas de um credo
E não se esgota
O sangue da manada

Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
E não deixam nada

Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada



(imagem: - “José Afonso - Ao vivo no Coliseu - www.instituto-camoes.pt)




































































publicado por DespenteadaMental às 21:58
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