Um seixo fugindo ao pé que o pisa.
Um insecto que ensaia a sua dança.
Uma folha que cai meio indecisa.
Um pássaro pousando num ramo que balança...
Uma brisa musicando o arvoredo.
Um arrulho... será de rola ou pomba?...
Um túnel de árvores... acesso a um segredo?...
Um raio de sol bordando o chão a ponto-sombra...
E o meu olhar, janela aberta da minha alma,
deixa entrar esta pintura em movimento,
que me transborda e transporta o pensamento
ao patamar do sublime, onde sossega e me acalma.</p>
(imagem: Álbum da natureza)