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No meu sótão mental, lá num canto,
aonde vou com todos os cuidados,
guardo um memorial de desencanto
- quadros de vida que não estão catalogados.
Cobre-os um pó fino, como tule,
que vela, mas não tapa nem impede
que os veja de longe e sem que anule
a vontade de adiar, quando esta cede.
Deixarei que o pó lhes amacie os traços,
diminua o relevo, confunda as cores
ou que o tempo me torne os olhos baços
e, onde, hoje, há estilhaços, eu veja flores.
Para quê avivar dores?...
(imagem: Memory - Fausto Minestrini art.com)