Lançaste-me o adeus
como se lançasses uma flor morta
para um triste canteiro devassado...
E levaste tudo o mais:
- as sementes do futuro, as flores do presente, as folhas do passado.
O que farei com o deserto que ficou?...
Não o enfrentarei regando-o com lágrimas
ou erguendo muros que o limitem...
Terá a dimensão que alcançou!
Quero descobrir, agora, o mundo que me resta
e quantos os oásis que me permitem
que transforme, ainda, a vida numa festa.
(imagem: "Clover" - foto de Ricardo Monteiro - Álbum da Natureza)