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Vai, cínico, vai!
Vai lixar-te, tal como ontem disseste,
quando invocaste deus, como teu mestre,
na tua análise tão clarividente,
coarctando qualquer crítica sequente
à mitificação que, então, fizeste.
Vai, cínico, vai!
Enquanto sonhas regressar em ombros,
qual Fénix renascida dos escombros,
escondendo o bico adunco e os esporões
em promessas, (o)missas, genuflexões,
ar de afecto afectado e outros assombros.
Vai, cínico, vai!
Nem por mais um momento te detenhas
e aqui, de onde vais, nunca mais venhas,
nem mesmo que eu te peça de joelhos,
pois será falta de força nos artelhos
que disfarço com estas artimanhas.
Vai, cínico, vai, que já vais tarde
e ainda cá nos deixas o compadre.
(imagem: Paulo Portas foto copiada de TSF Online)